Quimioterapia e terapia biológica são usadas para destruir células cancerígenas. A quimioterapia funciona interrompendo ou retardando o crescimento de células cancerígenas, que crescem e se dividem rapidamente. Já a terapia biológica utiliza substâncias naturais ou artificiais que alteram a maneira como as células se comportam.
Neste artigo, explicamos as diferenças e semelhanças entre estas duas abordagens terapêuticas contra o câncer.
Conteúdo do Artigo
Quimioterapia e Terapia Biológica
A quimioterapia tradicional utiliza substâncias químicas para tratar o câncer. A terapia biológica, por outro lado, usa organismos vivos, substâncias derivadas de organismos ou versões feitas em laboratório dessas substâncias para agir contra as células cancerígenas.
Como a Quimioterapia Funciona
A maioria dos medicamentos quimioterápicos – formalmente conhecidos como agentes citotóxicos (que matam células) – trabalham destruindo células cancerígenas diretamente, muitas vezes danificando seu DNA e fazendo com que elas ativem o processo de morte programada, a apoptose.
Como muitos desses medicamentos também podem danificar as células normais, geralmente produzem efeitos colaterais como náusea, fadiga e perda de cabelo ou outras complicações, dependendo dos agentes específicos utilizados.
Os medicamentos quimioterápicos são frequentemente usados para matar células cancerígenas dispersas pelo corpo ou que se espalharam para vários locais. Eles também podem ser usados para encolher um tumor antes da cirurgia ou tratamento com radiação, destruir células cancerígenas que permanecem após a cirurgia ou terapia com radiação ou ajudar a radioterapia e terapias biológicas a funcionarem melhor.
Como as Terapias Biológica Funcionam
As terapias biológicas (também conhecidas como imunoterapia) podem atacar diretamente as células tumorais ou estimular o sistema imunológico para atacar as células tumorais.
Os efeitos colaterais das terapias biológicas podem variar amplamente, tanto em tipo quanto em intensidade. Dor, inchaço, vermelhidão, coceira e erupção cutânea no local da infusão ou injeção são bastante comuns, mas outros efeitos colaterais podem ser mais graves.
Histórico
A primeira terapia expressamente biológica a ser aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA foi a terapia Bacillus Calmette-Guérin (BCG), que envolve uma forma enfraquecida de uma bactéria da tuberculose viva que não causa doenças em seres humanos.
Foi usada pela primeira vez como vacina contra a tuberculose, mas os cientistas descobriram mais tarde que, quando inseridos diretamente na bexiga, estimulam uma ampla resposta imune não apenas contra a bactéria, mas também contra as células cancerígenas da bexiga.
Aproximadamente 70% dos pacientes com câncer de bexiga em estágio inicial sofrem remissão após a terapia com BCG. Atualmente, este método terapêutico está sendo estudado para o tratamento de tipos adicionais de câncer.
Tipos de Terapias Biológicas
Outros exemplos de bioterapias incluem:
- Anticorpos monoclonais, versões produzidas em laboratório de proteínas naturais que se ligam a proteínas de superficie específicas, chamadas antígenos, nas células cancerígenas e desencadeiam uma resposta do sistema imunológico contra essas células;
- Interferon, uma enzima que reforça a resposta imune às células cancerígenas ativando certos glóbulos brancos;
Células T CAR, também chamado de terapia Car-T Cell, que são células do sistema imunológico adaptadas a genes que podem melhorar sua capacidade de buscar e matar o câncer; - Vacinas que contêm antígenos associados ao câncer para intensificar a resposta do sistema imunológico às células tumorais de um paciente.
- Bioterapia experimental com vírus oncolíticos. Esta terapia usa tipos específicos de vírus que infectam células cancerígenas e normais, mas não danificam as células normais. Nas células cancerígenas, por outro lado, elas se reproduzem rapidamente e acabam causando a morte das células.
- Transferência adotiva de células T. Outra bioterapia experimental, que busca aumentar a capacidade natural de combater o câncer das células T do sistema imunológico de um paciente. Uma abordagem é remover as células T que invadiram o tumor de um paciente. A seguir, identificar aquelas com maior atividade antitumoral, cultivá-las em laboratório e reinfundi-las no paciente.
Seu médico e sua equipe de saúde consideram suas necessidades pessoais para planejar os medicamentos, doses e horários da terapia escolhida para tratar o seu tipo de câncer. Informe a eles sobre quaisquer efeitos colaterais ou sintomas que apresentar. Quanto mais cedo você falar sobre algum problema, mais cedo eles poderão sugerir maneiras de ajudá-lo a lidar com eles.
Referência: Mayo Clinic