A doença linfoproliferativa pós-transplante (DLPT) é uma complicação rara, mas bem conhecida, dos transplantes de órgãos sólidos e do transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Neste artigo, compreenda porque este tipo de complicação pode acontecer, quais são seus sintomas e as formas de tratamento.

Doença Linfoproliferativa Pós-Transplante (DLPT)

Conteúdo do Artigo

Em que Consiste a Doença Linfoproliferativa Pós-Transplante

A DLPT é caracterizada pela superprodução e disseminação de muitos glóbulos brancos (linfócitos). Isso pode causar complicações que variam de um aumento benigno (não canceroso) de um órgão ou tecido devido à superprodução dessas células ao desenvolvimento de uma forma maligna (cancerosa) de linfoma.

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Na maioria dos casos, a DLPT está associada ao vírus Epstein-Barr, um vírus comum que geralmente não causa problemas em pessoas com sistema imunológico de funcionamento normal e também à terapia de imunossupressão.

Uma DLPT é classificada como linfoma, um grupo de cânceres relacionados que afetam o sistema linfático.

Porque Acontece

As pessoas que recebem um transplante são tratadas com medicamentos que suprimem a atividade do sistema imunológico. É necessário suprimir o sistema imunológico para ajudar o corpo a aceitar o transplante e evitar a rejeição.

Os indivíduos recebem esses medicamentos no momento do transplante (terapia de indução) e devem permanecer com esses medicamentos pelo resto da vida (terapia de manutenção).

A terapia imunossupressora deixa os pacientes com maior risco de desenvolver infecções e, em algumas pessoas, de desenvolver doença linfoproliferativa pós-transplante. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato desses distúrbios são extremamente importantes.

Sinais e Sintomas

Os sintomas específicos e a gravidade da DLPT podem variar muito de uma pessoa para outra. Alguns indivíduos afetados desenvolvem um supercrescimento leve e não canceroso do tecido afetado, enquanto outras pessoas podem desenvolver uma forma cancerosa de linfoma com risco de vida.

A DLPT pode ser localizada, o que significa que a doença afeta apenas uma área específica do corpo, ou generalizada (disseminada), quando afeta várias áreas diferentes do corpo. Além disso, a DLPT pode afetar o órgão transplantado.

A forma leve e benigna de DLPT pode se assemelhar ao processo em que os linfonodos aumentam de tamanho em resposta a uma infecção ou inflamação. Alguns indivíduos desenvolvem fadiga ou uma sensação geral de problemas de saúde (mal-estar).

Os indivíduos afetados geralmente desenvolvem sintomas vagos e inespecíficos, geralmente comuns a muitos distúrbios ou condições diferentes. Também pode haver a presença de ‘sintomas B‘, que podem incluir febre crônica persistente, perda de peso não intencional e suor excessivo, especialmente à noite (suores noturnos).

Tratamento

O tratamento da doença linfoproliferativa pós-transplante é direcionado aos sintomas específicos que são aparentes em cada indivíduo.

Estas abordagens podem exigir os esforços coordenados de uma equipe de especialistas, incluindo:

  • Médicos especializados no diagnóstico e tratamento do câncer (médicos oncologistas);
  • Médicos especializados em distúrbios do sangue e tecidos formadores de sangue (hematologistas);
  • Especialistas em transplante;
  • Cirurgiões.

Enfermeiras oncológicas; nutricionistas; e outros profissionais de saúde podem precisar planejar o tratamento de forma sistemática e abrangente. O apoio psicossocial para toda a família também é essencial.

O objetivo principal do tratamento é curar a DLPT, preservando a função e a saúde do transplante. Os procedimentos e intervenções terapêuticas específicas podem variar, dependendo de vários fatores, como:

  • O tipo de transplante;
  • Estágio da doença;
  • Subtipo específico de linfoma;
  • Tamanho do tumor;
  • Os sistemas e órgãos envolvidos;
  • A presença ou ausência de certos sintomas;
  • A idade e a saúde geral do indivíduo.

As decisões relativas ao uso de determinados regimes de medicamentos e / ou outros tratamentos devem ser tomadas por médicos e outros membros da equipe de saúde, em consulta cuidadosa com o paciente, com base nas especificidades de seu caso.

Uma discussão completa dos benefícios e riscos potenciais, incluindo possíveis efeitos colaterais e efeitos de longo prazo e a preferência do paciente, também deve ser realizada.

Referência: UpToDate

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