
Linfoma Folicular – Saiba Mais

Publicado: 6 de junho de 2025

Hematologista
Dr. Marcel Brunetto
CRM 109.334
O linfoma folicular é o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin (LNH) de baixo grau, afetando principalmente pessoas acima dos 50 anos. Embora seja difícil de curar, ele cresce lentamente, permitindo que muitas pessoas vivam bem por anos com tratamentos ocasionais.
Neste artigo, veja mais informações sobre o linfoma folicular, seus sinais, avanços no tratamento e como o acompanhamento com o médico hematologista é fundamental para bons resultados do tratamento.
Conteúdo do Artigo
O Que É o Linfoma Folicular?
O linfoma folicular é um linfoma de células B, um tipo de glóbulo branco responsável pela produção de anticorpos, que reside principalmente nos linfonodos, assim como em outros órgãos linfoides, como o baço e as tonsilas. Seu nome vem da forma como essas células se agrupam, parecendo “folículos” ao microscópio.
Ele é mais comum em mulheres e geralmente é diagnosticado em estágios avançados (3 ou 4), quando já se espalhou para linfonodos, baço ou medula óssea.
Quem Está em Risco?
A condição geralmente ocorre em pessoas com 50 anos de idade ou mais, sendo um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
Algumas alterações genéticas são comuns no linfoma folicular, mas os cientistas ainda não sabem o que as causa. Normalmente, não há histórico familiar de linfoma folicular.
Sinais e Sintomas: Como Identificar?
O sintoma mais comum do linfoma folicular é a presença de um ou mais nódulos. Eles geralmente são sentidos no pescoço ou logo acima da clavícula, mas podem se desenvolver em outros locais, como axilas ou virilha. Os nódulos são causados pelo acúmulo de células de linfoma nos gânglios linfáticos, o que os faz inchar. Esses gânglios linfáticos inchados geralmente são indolores. Eles podem permanecer inchados ou podem diminuir um pouco e depois voltar de tempos em tempos.
O linfoma folicular também pode ocorrer na medula óssea. Isso pode causar baixas contagens sanguíneas, pois as células do linfoma ocupam o espaço das células normais. Neste caso, você pode desenvolver:
- Anemia: Cansaço extremo ou falta de ar;
- Trombocitopenia: Hematomas ou sangramentos fáceis;
- Neutropenia: Infecções frequentes por poucos glóbulos brancos.
O linfoma folicular geralmente tem crescimento lento, portanto, os sintomas geralmente se desenvolvem gradualmente ao longo do tempo. Algumas pessoas não apresentam sintomas e o linfoma folicular é detectado durante exames para um problema de saúde diferente. No entanto, o linfoma folicular é variável e, em algumas pessoas, pode ter crescimento mais rápido e causar mais sintomas.
Diagnóstico e Estadiamento
O diagnóstico começa com uma biópsia de linfonodo, seguida de exames como tomografia ou PET-CT para ver onde o linfoma está. Ele é classificado em graus e estágios, que guiam o tratamento.
Acredita-se que os graus 1, 2 e 3A sejam de baixo grau ou de crescimento lento. O linfoma folicular de grau 3B cresce mais rapidamente e provavelmente será tratado como um linfoma de alto grau.
Você pode perguntar ao seu médico sobre o grau do seu linfoma folicular e o que isso significa para você.
O Papel do FLIPI
O Índice Prognóstico Internacional de Linfoma Folicular (FLIPI) avalia fatores como idade, estágio e anemia para prever como o linfoma vai se comportar. Um hematologista usa isso para personalizar seu plano de tratamento.
Seu médico está em melhor posição para aconselhá-lo sobre suas perspectivas com base em suas circunstâncias individuais. Ele pode usar os resultados de seus testes e considerar outros fatores, como idade, sintomas e outras condições necessárias para prever a probabilidade de responder a um tratamento específico.
Tratamentos
O linfoma folicular pode não precisar de tratamento imediato. Quando necessário, há opções modernas que controlam a doença e preservam a qualidade de vida. O objetivo é equilibrar eficácia e bem-estar.
Principais Abordagens
- Espera vigilante: Monitorar sem tratar, se não há sintomas;
- Radioterapia: Ideal para estágios iniciais;
- Quimioterapia + anticorpos monoclonais: Combinações para estágios avançados;
- Terapias-alvo: Novas drogas que atacam o linfoma com precisão;
- CAR-T: Terapia celular promissora para casos resistentes.
Vivendo com Linfoma Folicular
Embora as recaídas sejam comuns, elas costumam responder bem a novos tratamentos. Consultas regulares e um estilo de vida saudável ajudam a manter o controle. Seu médico hematologista é seu parceiro para ajustar o plano sempre que preciso.
O linfoma folicular não precisa definir sua vida. Com diagnóstico precoce e tratamentos avançados, você pode viver bem.
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Artigo Publicado em: 5 de jun de 2020 e Atualizado em: 6 de jun de 2025