A quimioterapia é uma das principais armas contra o câncer, mas ela também traz efeitos colaterais importantes, como a Mielossupressão por Quimioterapia. Esse termo se refere à diminuição da capacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas. Como resultado, a produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas pode ser gravemente afetada, o que pode aumentar o risco de infecções, anemia e sangramentos.

Continue a leitura deste artigo para compreender como nesta etapa do tratamento, o papel do hematologista se torna essencial para monitorar e gerenciar esses efeitos, garantindo o cuidado adequado ao paciente.

Conteúdo do Artigo

O Papel da Medula Óssea e Como Ela é Afetada pela Quimioterapia

A medula óssea é o tecido macio e esponjoso localizado no centro dos seus ossos. É onde células como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas tornam-se maduras para desempenhar suas funções. Os glóbulos vermelhos transportam oxigênio, os glóbulos brancos combatem infecções, e as plaquetas auxiliam na coagulação do sangue.

A quimioterapia, por agir nas células de rápida divisão, pode afetar diretamente a medula óssea, resultando em uma produção reduzida dessas células.

Recupere a Saúde da sua Medula Óssea!
Agende uma Consulta com Hematologista Hoje.

Consequências da mielossupressão:

  • Anemia: Diminuição dos glóbulos vermelhos, resultando em cansaço extremo, falta de ar e tontura;
  • Neutropenia: Redução dos glóbulos brancos (neutrófilos), aumentando o risco de infecções graves;
  • Trombocitopenia: Redução das plaquetas, o que pode levar a sangramentos, hematomas e dificuldade na coagulação.

Uma infecção devido a neutropenia é a maior preocupação. As infecções bacterianas mais comuns incluem pneumonia, septicemia, celulite e pielonefrite, uma infecção grave do trato urinário. Herpes zoster e gripe são os vírus mais comuns que podem afetar estes pacientes.

Sintomas Comuns da Mielossupressão por Quimioterapia e Quando Procurar Ajuda

Durante o tratamento quimioterápico, é essencial que o paciente esteja atento a sintomas de mielossupressão, como:

  • Fadiga intensa e persistente;
  • Sangramentos ou hematomas fáceis;
  • Pele e lábios claros;
  • Unhas claras;
  • Falta de ar;
  • Respiração rápida;
  • Frequência cardíaca rápida;
  • Febre (especialmente acima de 38°C), que pode indicar uma infecção grave devido à neutropenia;
  • Tontura, falta de ar e palidez (indicativos de anemia).

Qualquer um desses sinais deve ser reportado imediatamente ao hematologista para uma intervenção rápida.

Como o Hematologista Pode Ajudar?

O hematologista desempenha um papel fundamental na prevenção e controle dos efeitos da mielossupressão. Abaixo estão algumas maneiras pelas quais esse especialista pode ajudar:

  • Monitoramento Regular: Exames de sangue frequentes para verificar os níveis de hemoglobina, leucócitos e plaquetas, garantindo que a quimioterapia esteja sendo administrada com segurança;
  • Ajustes no Tratamento: Em alguns casos, o hematologista pode sugerir ajustes na dosagem ou intervalo da quimioterapia, com o objetivo de reduzir a gravidade da mielossupressão;
  • Transfusões de Sangue: Quando os níveis de hemoglobina ou plaquetas caem drasticamente, o hematologista pode recomendar transfusões para estabilizar o paciente;
  • Fatores de Crescimento: A administração de fatores de crescimento de glóbulos brancos, como o G-CSF, pode ajudar a acelerar a recuperação da medula óssea e reduzir o risco de infecções graves;
  • Medicamentos Preventivos: Pacientes com neutropenia severa podem ser tratados com antibióticos profiláticos para evitar infecções;
  • Vacinas: Seu médico pode recomendar que você tome certas vacinas para proteger-se contra infecções como gripe e alguns tipos de pneumonia.

A Importância do Acompanhamento Contínuo com o Hematologista

Mesmo após o término da quimioterapia, o acompanhamento hematológico continua sendo fundamental. A recuperação da medula óssea pode demorar e, em alguns casos, complicações mais graves, como pancitopenia (queda de todos os tipos de células do sangue), podem ocorrer.

Seu médico hematologista pode ajudar a garantir que a medula óssea esteja funcionando adequadamente e acompanhar o paciente por meses ou anos após o tratamento.

Além disso, para pacientes com cânceres hematológicos, como leucemias e linfomas, o papel do hematologista no planejamento do tratamento e acompanhamento a longo prazo é ainda mais crítico.

Mais informações sobre este assunto na Internet:
Diga Adeus às suas Dores.
Reserve a sua Consulta de Hematologia.