A leucemia é um câncer do sangue que afeta os leucócitos, ou seja, as células brancas do sangue.
Em termos simples, o câncer é definido como o crescimento descontrolado de células anormais. Na leucemia, isso ocorre na medula óssea e as células anormais se espalham para a corrente sanguínea.
Neste artigo, compreenda alguns aspectos relevantes desta doença, assim como algumas orientações para o sucesso do seu tratamento.
Conteúdo do Artigo
O que é Leucemia?
A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada, provocando uma anomalia nas células. Isto faz com que estas células percam a capacidade de combater infecções.
Existem muitos tipos de leucemia. Alguns são mais comuns em crianças; outros são mais comuns em adultos. No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres.
Tipos de Leucemia
A doença pode ser dividida em dois grandes grupos: mieloide e linfoide.
Quando os glóbulos brancos passam a combater as células linfoides, a leucemia é chamada de: linfoide, linfocítica ou linfoblástica.
Já quando os glóbulos brancos passam a combater as células mieloides, a leucemia é então chamada de mieloide ou mieloblástica.
Outra classificação que é dada à leucemia é derivada do crescimento rápido de células imaturas. Neste caso, a leucemia pode ser aguda ou crônica.
Classificações Gerais
Existem quatro classificações gerais de leucemia:
- Leucemia Linfocítica Aguda (LLA);
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA);
- Leucemia Linfocítica Crônica (LLC);
- Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Sendo que a primeira, LLA é a mais comum em crianças e a segunda, LMA em adultos.
Também existem tipos mais raros como a leucemia de células pilosas, síndromes mielodisplásicas e distúrbios mieloproliferativos.
Causas e Fatores de Risco
Os quatro tipos ocorrem por conta de uma alteração genética e não hereditária, que pode ser adquirida durante a vida da pessoa.
Embora não se saiba a causa exata, acredita-se que alguns dos fatores de risco podem incluir:
- Pessoas que já fizeram quimio ou radioterapia;
- Pessoas portadoras da Síndrome de Down;
- Pessoas que tenham uma forte história familiar com a doença;
- Exposição a altos níveis de radiação.
Sintomas
Os sintomas vão depender do estágio em que se encontra a doença, mas os mais comuns são:
- Dor nos ossos;
- Palidez;
- Perda de peso;
- Febre, calafrios, suores noturnos;
- Dores de cabeça;
- Fígado e baço aumentados;
- Amígdalas inchadas;
- Fraqueza e fadiga;
- Gengivas inchadas ou sangrando.
É importante compreender que nem todos os pacientes apresentam sempre os mesmos sintomas. Por este motivo, é imprescindível buscar um médico hematologista para avaliação.
Tratamento
O tratamento vai depender do tipo da doença, estado geral de saúde e idade do paciente. Alguns tratamentos recomendados podem incluir:
- Quimioterapia;
- Terapias biológicas;
- Radioterapias;
- Transplante de células tronco.
Pacientes que sofrem de leucemia aguda, geralmente, são submetidos à quimioterapia, sendo que esse tipo de tratamento tem como alvo células de divisão rápida. Por outro lado, na leucemia crônica, o melhor tratamento é a terapia direcionada, que ataca as células que se dividem lentamente.
Fases do Tratamento
O tratamento pode ser realizado por meio de algumas fases.
A primeira tem como objetivo atingir a remissão completa, ou seja, curar o paciente por meio da poliquimioterapia. Isso ocorre somente após meses de tratamento e quando exames não demonstram mais anormalidades antes presentes.
Nas etapas seguintes, o tratamento vai variar de acordo com o tipo de Leucemia. Nos pacientes que possuírem o tipo mieloide, o tratamento pode durar menos de um ano, já nas que convivem com as linfoides o prazo é mais de dois anos. Esse processo pode dar origem a mais três fases:
- Indução, que consiste no tratamento intensivo com substâncias não utilizadas anteriormente;
- Reindução ou repetição de medicamentos usados na fase de indução da remissão;
- Manutenção, que já é o tratamento mais brando e contínuo, podendo durar vários meses.
Em alguns casos, o paciente deverá ser internado por conta de infecções, devido a queda de glóbulos brancos que pode haver durante o tratamento.
Qual é o Prognóstico?
Embora pareça uma pergunta direta, a resposta é um pouco mais complicada. É compreensível que você queira saber as taxas de sobrevivência a este diagnóstico. Infelizmente, é difícil fazer previsões gerais. Há muitos fatores a serem considerados que afetam sua chance de recuperação, incluindo:
- Anormalidades cromossômicas ou mutações. As alterações genéticas vistas dentro das células de leucemia são o preditor mais importante do resultado.
- Idade. Geralmente, quanto mais jovem for o paciente no momento do diagnóstico, melhor será o resultado.
- Saúde geral do paciente. Quanto melhor for a saúde geral, melhor será o resultado.
- Tipo de célula sanguínea / subtipo de leucemia envolvido.
- Contagens de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas no momento do diagnóstico.
- Resposta ao tratamento inicial: a leucemia está em remissão? A leucemia foi tratada antes e agora voltou? A leucemia não respondeu ao tratamento?
- Coleta de células leucêmicas em áreas que não são facilmente alcançadas pela quimioterapia. Esse é o caso quando as células leucêmicas são encontradas no fluido espinhal.
A boa notícia geral é que, embora o número de novos casos tenha permanecido relativamente estável ou aumentado ligeiramente desde a década de 1970, a taxa de sobrevivência melhorou. Além disso, sua equipe trabalhará junto com você para desenvolver o melhor plano de tratamento para o seu tipo específico de leucemia e o acompanhará cuidadosamente por muitos anos.
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Artigo Publicado em: 13 de jul de 2018 e Atualizado em: 06 de agosto de 2021